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Shaolin: Suportando o peso de nossas escolhas

Shaolin

Shaolin: Suportando o peso de nossas escolhas

Shaolin, lançado em 2011, é um filme de ação e artes marciais dirigido por Benny Chan. A trama se passa na década de 1920, durante a Guerra Civil chinesa, e gira em torno do lendário Templo Shaolin, que é destruído por rebeldes. O protagonista, Hou Jie, interpretado por Andy Lau, é um poderoso senhor da guerra que perde tudo durante a guerra e é forçado a se refugiar no Templo Shaolin, onde busca redenção e uma nova chance de vida. Com coreografias de luta impressionantes, o filme entrega uma narrativa envolvente e emocional, explorando temas como honra, lealdade e a busca por paz interior. Shaolin é um verdadeiro deleite visual, trazendo uma combinação perfeita de ação e drama para os amantes do cinema de artes marciais.

Disposto a trabalhar elementos como karma, recomeço, luto e disputa por poder, Shaolin vai e volta entre o cruel e o lúdico. A relação entre os monges traz alguma leveza em meio a sabedoria milenar de seus estudos monásticos. Por outro lado, em muitos momentos vemos eles interagindo cruelmente com as demais personagens do filme, em especial com os mercenários e o exército de inimigos. Mesmo capazes de grandes proezas marciais, os monges não são indestrutíveis.

Na esfera pessoal, temos o personagem de Hou Jie, que apresenta com grande maestria uma jornada de redenção. Iniciando o filme como um general implacável, sua personagem conhece o preço que se paga quando se pensa em poder a todo o custo. Ele perde sua família de formas terríveis. Agora, ele precisa aprender com os mesmos monges que ele desprezou no início do filme.

Shaolin é um filme muito bonito que atua na esfera pessoal e em comunidade da mesma, num vai e vem, num alternar de lúdico e de crueldade. De redenção e punição. De karma e dharma, de paz e guerra.

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